Dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, uma data de suma importância para países do continente americano.
O continente americano era habitado por cerca de 57 milhões de indígenas, quando os colonizadores chegaram. Segundo pesquisas do geógrafo norte-americano William Denevan, após 500 anos de exploração do povo europeu, a população indígena total caiu para 45 milhões de habitantes. Por isso, é extremamente importante a manutenção da cultura indígena e o reconhecimento territorial destes povos, principalmente por serem o alicerce de nossa cultura e costumes.
Os constantes desmatamentos na Floresta Amazônica e o avanço de fazendeiros e garimpeiros sobre os territórios indígenas é um exemplo real do desrespeito e descaso do governo Bolsonaro a estes povos. Dentro do próprio congresso, ruralistas aliados ao “desgoverno”, tem nitidamente o objetivo de aprovar projetos que liberem a exploração comercial e mineração nas terras indígenas, diminuindo cada vez mais a demarcação desses territórios, fragilizando o licenciamento ambiental e legalizando a “grilagem”. Além disso, a FUNAI, na atual gestão federal, se empenha em sempre coagir lideranças indígenas como Almir Suruí e Sônia Guajajaras, que resistem firmemente em prol da luta de suas histórias.
A criação do Ministério Indígena é uma das promessas de Lula como próximo presidente. “Preparem-se, pois alguém terá que assumir um ministério que vai tratar das questões indígenas”, afirmou o ex presidente em evento no Acampamento Terra Livre (ATL). Lula informou que o primeiro mês de seu mandato será de construção de propostas com o intuito de reconstruir o Brasil e que contará com a participação dos povos originários. Uma de suas promessas também, se eleito, é a de revogar portarias, normas administrativas e decretos que tragam prejuízos aos povos tradicionais, nos primeiros dia de seu mandato.
Somente a data de 19 de abril ou 09 de agosto não são suficientes. Temos que manter as pautas indígenas como prioridade, visando conservar a sua história, defender sua diversidade étnica, preservar o meio ambiental e a proteger direitos, tanto de indígenas quanto dos povos quilombolas.