Agenda de Lula na capital federal, nos próximos dias, deve ter encontros com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD), com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e com a presidente do STF, Rosa Weber.
Por Pedro Henrique Gomes, g1 — Brasília
08/11/2022 00h01 Atualizado há 9 horas
O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chega a Brasília nesta terça-feira (8) para iniciar a transição de governo. Além de Lula, o vice-presidente eleito e coordenador da campanha, Geraldo Alckmin (PSB), também desembarca no Distrito Federal para dar início à montagem do novo governo.
Lula deve chegar a Brasília à noite. Na quarta-feira (9), o presidente eleito deve ter reuniões com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), e com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber.
Um dos coordenadores da campanha de Lula, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que sugeriu que Lula se encontrasse também com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Ainda segundo o senador, depois da passagem por Brasília, Lula deve embarcar direto para o Egito. O presidente eleito foi convidado para participar da conferência do clima COP-27.
Alckmin embarca para Brasília pela manhã e vai despachar no Centro Cultural Banco do Brasil. Durante o dia de trabalho, ele deve anunciar parte da equipe técnica que trabalhará na transição de governo.
Gabinete de transição
O gabinete de transição de Lula terá quatro coordenações e 28 núcleos temáticos. A futura primeira-dama, Janja Lula da Silva, vai coordenar as tratativas para a posse presidencial de Lula. Ela será a responsável pelas decisões relacionadas à cerimônia de posse.
O ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) vai coordenar os trabalhos dos núcleos temáticos da transição. Já o ex-deputado federal Floriano Pesaro vai cuidar de todo o processo administrativo. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, vai cuidar das relações institucionais com partidos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin será o coordenador-geral de todo o trabalho. Será ele o responsável, entre outras atribuições, pelas questões jurídicas do trabalho de transição.
As informações são do chefe de gabinete da liderança do PT no Senado Federal, Wilmar Lacerda, que esteve no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do governo de transição, nesta segunda-feira.
Jorge Messias, conhecido por ter o nome citado na quebra de sigilo telefônico de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, vai assessorar o trabalho de elaboração dos atos jurídicos da campanha. Segundo o chefe de gabinete do PT no Senado, as nomeações de quem trabalhará na transição devem começar a ser publicadas a partir de quarta-feira (9).
Ainda segundo Lacerda, além dos 50 nomes que deverão integrar a equipe de transição de forma remunerada, haverá também colaboradores “virtuais e voluntários”. Lacerda calcula que mais de 100 pessoas podem participar da montagem do novo governo pode ultrapassar.
Por isso, já foi solicitado ao Banco do Brasil a cessão de mais espaço além do segundo andar, que já está pronto para receber o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe. A transição deve ocupar o primeiro andar e a possibilidade utilizar espaço também no térreo do prédio.