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PT MA promove Seminário com o tema “A realidade brasileira e os desafios do PT”

Primeiro dia do Seminário em comemoração aos 45 Anos do PTMA debate desafios e estratégias para fortalecer o partido no Maranhão.

Nesta sexta-feira, 7, o primeiro dia do Seminário “A realidade brasileira e os desafios do PT do Maranhão”, em celebração aos 45 anos do Partido dos Trabalhadores do Maranhão (PT/MA), trouxe reflexões importantes apresentadas pelos debatedores das mesas sobre os desafios do partido no estado e possibilidades de atuação da legenda nos territórios. Com mesas realizadas nos períodos da manhã e da tarde, foram abordados temas como a conexão entre o lulismo e petismo no Maranhão, além do impacto das parcerias entre os governos federal e estadual. As abordagens apontaram alternativas para a atuação e ampliação do PT nas bases para que se reflita na força eleitoral do Partido.

Pela manhã, a mesa “O Brasil de Hoje e os Desafios do PT” trouxe Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA); Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Comunicação Social; e Fátima Félix, pós-doutora em Educação.

Edinho Silva alertou para o avanço do fascismo e seus impactos na política:
“O crescimento do fascismo não é um fenômeno isolado do Brasil, mas do mundo, gerado pelo empobrecimento da população a partir da crise de 2008, fazendo a direita retomar uma agenda xenofóbica e autoritária. Sou otimista! O PT tem condições de liderar uma frente democrática para derrotar o fascismo”, afirmou.

Foto: Zeqroz Neto

Já Paulo Okamotto destacou a importância da formação política e do conhecimento para a militância. “Fazer política é convencer o outro de suas ideias, por isso requer conhecimento e prática. O militante precisa estudar o mundo e a conjuntura”, avaliou. Em sua fala, ele ressaltou a necessidade de compreender o cenário político e combater modelos econômicos que aprofundam as desigualdades, reforçando o compromisso do partido com um projeto de sociedade mais justa e produtiva. A professora Fátima apontou que o fortalecimento do partido para 2026 passa por ações que promovam benefícios palpáveis na vida do povo.


Foto: Zeqroz Neto

Abrindo as atividades do período da tarde, na mesa “Ações que conectam o lulismo ao petismo maranhense”, Mateus Toledo, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Estudos da Fundação Perseu Abramo, destacou um paradoxo eleitoral: “25% da população tem o PT como partido de sua preferência, mas nossas candidaturas a vereadores tiveram, em média, apenas 5% dos votos nas últimas eleições municipais.” Ele enfatizou que, embora o partido tenha uma imagem nacionalmente forte, há uma percepção de ausência do PT nos territórios, causada pela falta de lideranças locais com vínculos concretos com as comunidades.

Rafaela Marques aprofundou essa análise, ao comparar os resultados eleitorais do PT em diferentes níveis: “Nas candidaturas à presidência da República, Lula e Dilma alcançaram, no Maranhão, percentuais de voto de aproximadamente 90%. No entanto, essa votação não se expressa nas candidaturas do PT no estado.” Para ela, a explicação está na autonomia relativa entre eleições municipais e nacionais, com dinâmicas e condicionamentos próprios que, apesar de se influenciarem, não garantem a reprodução automática dos votos. O Professor doutor Chico Gonçalves trouxe uma provocação essencial sobre a presença do partido nas redes e nas bases: “Não acho que a militância de esquerda está fora das redes sociais, ela está nas redes. O que falta é a presença nas bases.” Ele citou a eleição do Coletivo Nós como um exemplo de como a aproximação com os territórios pode ser decisiva para garantir mandatos populares.

Na sequência, as mesas “O governo Lula e a parceria com o governo do Maranhão: ações e investimentos para transformar nossas realidades”, nos âmbitos federal e estadual, destacaram o papel das políticas públicas e da atuação do PT nos espaços de gestão .

O debate explanou as ações do PT nas áreas do MDA, do Ministério da cultura, do IEMA e da Sec. de Representação do Gov. Do MA no DF. Reafirmou a necessidade de fortalecer as relações do PT com as comunidades e de construir candidaturas enraizadas, que dialoguem diretamente com as realidades locais.

A programação dos 45 anos do partido segue com atividades voltadas à comunicação e ao Modo Petista de Governar e Legislar.